Sunday, January 28, 2007

Caranguejo

A poeira inevitável dos corpos. A escuridão embaixo dos móveis. A espera é desesperante e a lua e o sol iluminam tudo.
Vidas delirantes à procura do nada. Cortes despercebidos durante as noites. Sonhos insolucionáveis e deselegantes.
Cada momento fecundado um abismo. Cada olho cansado um sono. O cheiro podre pasmado como cama onde se dorme.
Destino fraco se move. Espectro vivo, memória. O cego no espelho caminha. Açúcar no sangue, e no mangue o caranguejo anda.

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2 Comments:

Blogger raquel araujo said...

nossa, parece a descrição de um típico domingo em que estou ressaqueada. seu blog tá muito bacana. parabéns.
beijo

5:36 PM

 
Blogger Flora said...

Profundo demais... Filosofo? Poeta? Nenhum? Os dois?
Gostei ds textos... parabéns!

8:39 AM

 

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