Sunday, January 21, 2007

Bacilo

Na penumbra da noite
Uma borboleta cor de nuvem
Espalha um pecado bacilo
Que pelo quarto arejado
Repousa no homem cansado

Ao despertar uma hora depois
Sente seu olho latejado
E em seu olhar um louco
Que sorri pela primeira vez

Vai a porta de sua tia
Convencido ao crime e a ferida
Agarra-la atrás das cortinas
Que são leves de rendas bonitas

No carpete felpudo ele tráz
Sua vítima que não sabe o que faz
E pelo sim pelo não
Fazem do sexo motivo de consagração

Sexo azul verdejante
Um novo sabor estonteante
No carpete felpudo que dá cócegas
Só durou uma hora
Mas foi emocionante

Quase duas horas depois do ato consumado
Sentiu ele como uma dor puz infectante
As consequências de seu pecado
E lavou o rosto no banheiro arejado

Mais duas horas depois estava na sala
Na poltrona clareada
De um novo dia iluminado
Com sabor coral esperneante.

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2 Comments:

Blogger raquel araujo said...

gostei disso, renê. sinestésico, atraente

5:21 PM

 
Blogger Andina said...

Deveras , ei de concordar com a raquel super sinestésicolembra sexo, cheio de cheiro e gosto, temperatura(tato)que se confundem, mas na memória se fundem.É isso aí meu querido

9:58 PM

 

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