Bacilo
Na penumbra da noite
Uma borboleta cor de nuvem
Espalha um pecado bacilo
Que pelo quarto arejado
Repousa no homem cansado
Ao despertar uma hora depois
Sente seu olho latejado
E em seu olhar um louco
Que sorri pela primeira vez
Vai a porta de sua tia
Convencido ao crime e a ferida
Agarra-la atrás das cortinas
Que são leves de rendas bonitas
No carpete felpudo ele tráz
Sua vítima que não sabe o que faz
E pelo sim pelo não
Fazem do sexo motivo de consagração
Sexo azul verdejante
Um novo sabor estonteante
No carpete felpudo que dá cócegas
Só durou uma hora
Mas foi emocionante
Quase duas horas depois do ato consumado
Sentiu ele como uma dor puz infectante
As consequências de seu pecado
E lavou o rosto no banheiro arejado
Mais duas horas depois estava na sala
Na poltrona clareada
De um novo dia iluminado
Com sabor coral esperneante.
Labels: LITERATURA, POESIA
2 Comments:
gostei disso, renê. sinestésico, atraente
5:21 PM
Deveras , ei de concordar com a raquel super sinestésicolembra sexo, cheio de cheiro e gosto, temperatura(tato)que se confundem, mas na memória se fundem.É isso aí meu querido
9:58 PM
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